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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/30855
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.creator | Caniato, Angela Maria Pires | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/7882184007291847 | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Carone, Iray | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/9226580036505278 | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-01-30T18:48:54Z | - |
dc.date.available | 2023-01-30T18:48:54Z | - |
dc.date.issued | 1986-12-01 | - |
dc.identifier.citation | Caniato, Angela Maria Pires. A luta pela moradia de ex-favelados como parte essencial do processo de formação da consciência social. 1986. Dissertação (Mestrado em Psicologia: Psicologia Social ) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1986. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/30855 | - |
dc.description.resumo | Este trabalho se insere num conjunto de estudos que vêm sendo produzidos a partir do questionamento epistemológico que vem ocorrendo na psicologia social. Constitui-se no acompanhamento das transformações que ocorrem na consciência social de um pequeno grupo de indivíduos, através da luta que empreendem há anos contra a Prefeitura, para poderem apropriar-se da moradia. É a história peculiar de um grupo de indivíduos que se poderia chamar de não-cidadãos, que resolveu lutar pela sua sobrevivência social, através da aquisição de moradia. São ex-favelados da cidade de Maringá-Paraná que vêm passando por uma serie de atribulações para poderem continuar morando em casas nas quais foram assentados pelo poder local. Trata-se de uns poucos remanescentes de mais de quinhentas famílias que foram retirados de uma favela que vinha crescendo há anos, em terreno particular, próximo ao cemitério - daí o nome de Favela do Cemitério - e em bairro onde reside a elite da cidade. Muito antes de morarem no Profilurb - uma rua com apenas quinze casas de cada lado - já vinham resistindo na Favela aos desmandos da Fundação de Desenvolvimento Social de Maringá (FDSM), órgão da Prefeitura que realizava com eles trabalhos dito de proporão social e a quem foi outorgado pelo prefeito a competência de realizar o desfavelamento, a seleção das famílias que iriam para o Profilurb e a administração das casas depois que os ex-favelados foram transferidos para o bairro. Já se passaram quase dez anos que mudaram para o Profilurb - bairro da periferia da cidade - e até hoje ainda não tem em mãos o contrato definitivo de compra das casas, nem mesmo os contratos de comodato que assinaram com a Prefeitura contratos esses que permanecem sob a guarda da Fundação (FDSM). Pagaram prestações de Cr$100,00 (cem cruzeiros) durante apenas os dois primeiros anos de moradia nas casas, pagamento esse que foi suspenso quando uma nova administração municipal tomou ciência de ilegalidade na compra do terreno onde a Prefeitura construíra as trinta primeiras casas. Nessa ocasião também foi interrompido o planejamento inicial de construção no Profilurb de 280 (duzentos e oitenta) casas para nelas abrigar as famílias da Favela do Cemitério. Porém, apenas 30 (trinta) famílias foram beneficiadas com a transferência para as casas. Os demais residentes nesta Favela receberam uma indenização irrisória da Prefeitura que deu a essas famílias diferentes destinações. Da Favela do Cemitério foram para o Profilurb apenas treze famílias que se negaram a receber tal indenização e que permaneceram resistindo na Favela até que a Prefeitura construísse as casas e as transferisse para elas. São todos de origem rural. Imigraram para a cidade por ocasião de profundas transformações agrarias e latifundiárias que ocorreram na região de Maringá com a erradicação das pequenas fazendas de café e a implantação das culturas mecanizadas de soja e trigo em médios e grandes latifúndios. Continuam trabalhando em terra alheia como boias-frias ou jardineiros não tendo nem terra própria onde morar. Durante todos estes anos moram no Profilurb e permanecem na insegura de serem ou não novamente expropriados. Criaram e se organizaram em torno de sua Associação de Bairro, lutando contra o poder local para serem respeitados em seu direito de moradia. Os confrontos com a Prefeitura vieram a se caracterizar, no decorrer desta pesquisa, como de busca de emancipação social e libertação das diferentes expropriações em que vivem. Trata-se, pois, de uma realização de um micro-grupo que está em vias de aquisição de sua cidadania. O que os incomoda não e tanto a questão da propriedade das casas mas, muito mais o sentirem-se usurpados em seu direito de acesso aos diferentes bens e serviços produzidos socialmente, o desrespeito das autoridades políticas que identificaram como “de costas para eles" (sic) enquanto outros grupos usufruem de diferentes privilégios sociais. Exigem mais respeito como pessoa humana e por sua condição de cidadão e desejam não só participar como integrar-se à sociedade que dela os exclui de diferentes formas | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | PUC-SP | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social | pt_BR |
dc.rights | Acesso Restrito | pt_BR |
dc.subject | Habitação - Maringá - PR | pt_BR |
dc.subject | Habitação popular | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA | pt_BR |
dc.title | A luta pela moradia de ex-favelados como parte essencial do processo de formação da consciência social | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia: Psicologia Social |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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