Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/44267
Tipo: | Tese |
Título: | Soberania alimentar e digital no Brasil: a resistência dos Movimentos Sociais Populares |
Autor(es): | Cecchini, Valéria Kabzas |
Primeiro Orientador: | Teixeira, Pollyana Ferrari |
Resumo: | A concentração de poder em grandes corporações que atuam nos mercados do agronegócio (Big Agro), da produção de comida (Big Food), e da tecnologia da informação (Big Tech) baseada na extração de dados e gestão algorítmica dos sistemas alimentares penetra nas mais diversas esferas da vida e do planeta, se apropria de direitos fundamentais e bens comuns, favorecendo a lógica que produz fome, desigualdade e destruição ambiental, intensificando os mecanismos de dependência e colonialidade. Diante deste cenário, o objetivo desta pesquisa é investigar como a luta popular por soberania alimentar e soberania digital se articulam na resistência à extração capitalista e controle corporativo da Terra, dos alimentos e dos saberes. Seguindo a metodologia da Cartografia das Controvérsias, realizamos um mapeamento dos atores e argumentos que atuam nesta disputa, tendo como referência a atuação pela soberania conduzida por movimentos sociais populares. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST foi selecionado como disparador das controvérsias por sua representatividade e influência no debate nacional e internacional sobre os sistemas alimentares e os arranjos técnicos e científicos dominantes, e pela capacidade de conectar e articular uma resistência a diversas formas de colonialidade. Evidenciamos que o MST, mas também outros movimentos, como o MTST, são agentes centrais na elaboração de estratégias e na mobilização das lutas por soberania alinhadas aos princípios de autodeterminação dos povos. Os resultados na cartografia revelam que a atuação destes movimentos vai além de promover o debate, pois cria e conecta mecanismos de resistência, propondo e implantando sistemas produtivos e tecnologias participativos, que priorizam os interesses coletivos e contemplam maior diversidade de modos de vida. |
Abstract: | The concentration of power in large corporations operating in agribusiness markets (Big Agro), food production (Big Food), and information technology (Big Tech), based on data extraction and algorithmic management of food systems, penetrates various spheres of life and the planet. These corporations appropriate fundamental rights and common goods, favoring the logic that produces hunger, inequality, and environmental destruction, while intensifying mechanisms of dependency and coloniality. Given this scenario, the objective of this research is to investigate how the popular struggle for food and digital sovereignty are articulated in resisting capitalist extraction and corporate control of the Earth, food, and knowledge. Following the methodology of Controversy Mapping, we conducted a mapping of the actors and arguments involved in this dispute, using the actions of social movements as a reference point for sovereignty advocacy. The landless workers' movement, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) was selected as a trigger for the controversies due to its representativeness and influence in the national and international debate on food systems and dominant technical and scientific arrangements, as well as its capacity to connect and articulate resistance to various forms of coloniality. We highlight that the MST, along with other movements such as the homeless workers' movement, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), are central agents in developing strategies and mobilizing struggles for sovereignty aligned with the principles of self-determination of peoples. The results of the mapping reveal that the actions of these movements go beyond fostering debate, because they create and connect mechanisms of resistance, proposing and implementing participatory productive systems and technologies that prioritize collective interests and encompass a greater diversity of ways of life. |
Palavras-chave: | Colonialismo Concentração corporativa Soberania digital Soberania alimentar Movimentos populares Colonialism Corporate concentration Digital sovereignty Food sovereignty Popular movements |
CNPq: | CNPQ::ENGENHARIAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Tecnologias da Inteligência e Design Digital |
Citação: | Cecchini, Valéria Kabzas. Soberania alimentar e digital no Brasil: a resistência dos Movimentos Sociais Populares. 2025. Tese (Doutorado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital) - Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2025. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/44267 |
Data do documento: | 13-Mar-2025 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Valéria Kabzas Cecchini.pdf | 4,03 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.